Vaias para o lucro, que ele merece...
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A TAM e a Gol apresentaram balanços robustos, onde centenas de milhões de reais aparecem como lucro alcançado num ano em que a aviação comercial brasileira cresceu mais de 20%. Empresas pequenas ou nascentes, como a TAF, do Ceará, ou a Rico, sediada em Manaus, agregam Boeings a suas frotas. A aviação brasileira experimenta um de seus melhores momentos. Quem teve competência, seriedade e juízo (principalmente...) está colhendo os frutos do trabalho.
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Não vou tecer comentário algum sobre a moribunda marafona dos ares, aquela que quer sacar mais algum por conta de sua morte anunciada e tantas vezes adiada por juízes complacentes, credores sabidos e funcionários desesperados de bermudas em passeatas patéticas, como se palavras de ordem ou faixas chantagistas ("Lula você vai perder 100 mil votos se deixar a nossa VARIG morrer"!!!) pagassem a incrível dívida de quase R$ 10 bilhões - em verdade, ninguém sabe direito qual é o rombo, mas oscila e chega a este número aterrador.
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Abaixo uma notícia que hoje sacode o mercado aeronáutico e escandaliza os contribuintes brasileiros, os acionistas da defunta, os que pugnam por um país com empresas sadias, bem geridas, meritocráticas, modernas, honestas e eficientes - ou seja, tudo o que a pranteada não conseguiu ser ao longo de quase 8 décadas de vida à sombra do poder público e do monopólio.
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Essa semana, numa assembléia fantasiosa, numa espécie de "Woodstock no Santos Dumont", os funcionários da defunta, mais de 700 deles, numa demonstração de civilidade, urbanidade, boa educação e classe, vaiavam todas as aeronaves de outras empresas aéreas que taxiavam pela pista daquele aeroporto carioca. Vaiavam a lucrativa TAM, a maior empresa aérea do país. Vaiavam a vitoriosa Gol, que esse mês lhes tomou, com larga folga, o segundo lugar. Vaiaram o lucro. Vaiaram a competência. Vaiaram, também, os usuários, que estão fazendo o sucesso dessas empresas. Mostraram a pequenez e o desespero de quem perdeu. Retrato mais eloquente da cultura administrativa e do caráter predatório deles próprios, impossível. Não merecem a salvação. Não merecem mais centavo algum da viúva. Já nos custaram muito caro esses mal-educados.
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Fica minha pergunta, pertinente diante da grandeza de seu absurdo, da arrogância de seus mal-acostumados órfãos, da má-qualidade moral e empresarial dos que se apresentam como "compradores" (bandidos chineses, mafiosos russos, pelegos sindicais): vale a pena salvar uma empresa assim? Dinheiro nasce em árvore? Que tal aplicar na construção de hospitais, escolas ou estradas a maçaranduba que a velha e combalida defunta dos ares quer tomar ao BNDES para pagar no dia de São Nunca?!
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Varig tem prejuízo de R$ 1,477 bilhão em 2005
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O prejuízo da Varig teve crescimento de 1.700% em 2005, atingindo o déficit de R$ 1,477 bilhão. Em 2004, a companhia havia registrado um prejuízo de R$ 87,167 milhões.
Apesar de um crescimento de cerca de 20% nos vôos domésticos em 2005, a redução da frota e da oferta de vôos fez com que os lucros da empresa caíssem de R$ 7,054 bilhões em 2004 para R$ 6,403 bilhões no ano passado, uma queda de 11,12%.
O prejuízo da Varig teve crescimento de 1.700% em 2005, atingindo o déficit de R$ 1,477 bilhão. Em 2004, a companhia havia registrado um prejuízo de R$ 87,167 milhões.
Apesar de um crescimento de cerca de 20% nos vôos domésticos em 2005, a redução da frota e da oferta de vôos fez com que os lucros da empresa caíssem de R$ 7,054 bilhões em 2004 para R$ 6,403 bilhões no ano passado, uma queda de 11,12%.
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