O despudorado velório da defunta dos ares
Duas informações colaboram para a animação - ainda que de duvidoso gosto - do demorado e despudorado velório da VARIG.
O prefeito carioca César Maia, um dos melhores administradores públicos do país, em seu Blog informa o seguinte: "EXTRA !Lula negocia com a PDVSA -Petróleo da Venezuela- a participação da empresa na compra da Varig.Nas próximas edições virão informações de brasileiro que se associou a parente de Chávez e é empresário na área de lazer na Venezuela e que intermedeia a negociação da Varig".
Os sites de informação veiculam outra notícia preocupante: "E Berezovski voou... Explicação oficial: Boris Berezovski veio ao Brasil para tentar comprar a Varig. Foi o que disse o deputado estadual Vicente Cândido (PT-SP) à imprensa ontem à noite.Ele foi enviado ao Hotel Unique quando soube que o russo corria o risco de ser preso. O deputado Romeu Tuma Júnior falou com o ministro Márcio Thomaz Bastos e foi informado que o bilionário entrou no país com autorização do Itamaraty, protegido pelo status de "exilado político". Pelo sim, pelo não, assim que vazou a notícia de que estava no país, Berezovski tratou de ir embora, em seu avião particular. Tinha oito quartos no hotel para sua comitiva e todos embarcarcaram sem sequer fazer o check-out ou levar todas as malas, providência que tomariam depois, segundo relatou o advogado do Unique. Tudo indica que Berezovski procura um país como opção caso mude a situação política da Inglaterra e ele tenha de sair de lá de uma para outra diante de novo pedido de extradição do governo russo. E tudo indica mais ainda que este país é o Brasil.Primeiro, o Corinthians, agora a Varig, dois gigantes pessimamente administrados. Em tempo: o outro nome que o chefão russo costuma usar quando sai da Inglaterra é Platon Yelenin. Um acontecimento chamou a atenção dos empregados do Hotel Unique: na saída, ao entrar na Mercedes-Benz blindada que o servia, Berezovsky deixou cair aberta uma maleta com dezenas de gordos fardos de euros e dólares. Seu assessor brasileiro, identificado como Negrine, comissário aposentado da VARIG, bastante nervoso e ajoelhado no chão da entrada do hotel, catava as cédulas enquanto o empresário russo gritava impropérios em inglês com ele."
Em suma: o fanfarrão ditador venezuelano, uma das piores figuras surgidas na história de nosso sofrido continente, e um dos chefes da máfia russa, procurado pela Interpol, são os promitentes compradores da defunta. Pensando bem: nada mais apropriado para um empresa cujo fundador, militante nazista, terminava os ofícios da empresa com um vistoso "Heil Hitler!".
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